Março de 2013

Quão eficazes são, na realidade, os preservativos nas relações sexuais anais?

O primeiro grande estudo em 24 anos sobre a eficácia dos preservativos na prevenção da transmissão da infeção pelo VIH durante as relações sexuais anais concluiu que os homens que afirmaram usar sempre preservativo tinham 70% menos probabilidade de se infetarem que aqueles que nunca usavam.

É importante salientar que este é um estudo sobre eficácia: analisa o efeito global da prevenção da infeção pelo VIH no uso consistente do preservativo enquanto estratégia de sexo mais seguro entre os homens gay.

A eficácia do preservativo – até que ponto previne a infeção pelo VIH quando usado de forma correta e consistente – é provável que seja superior a 70%, uma vez que os estudos sobre eficácia baseiam-se no auto reporte (o que as pessoas afirmam ter ocorrido) e incluem os casos em que o preservativo sai, rasga, rompe ou, apesar das boas intenções, não é usado.

O estudo foi conduzido pelo US Centers for Disease Control (CDC) e apresentado na 20ª Conferência sobre Retrovírus e Infeções Oportunistas (CROI 2013). Observou as taxas de infeção pelo VIH em 3 490 homens gay que eram inicialmente seronegativos para a infeção pelo VIH e que afirmaram ter tido pelo menos uma experiência de sexo anal com um parceiro seropositivo. Os homens foram categorizados de acordo com os relatos sobre se usavam sempre, por vezes ou nunca o preservativo.

A redução geral da probabilidade de infeção pelo VIH nos homens que usavam sempre preservativo durante a relação anal, quer fosse recetivo ou insertivo, foi de 70%. A análise comparou dados de dois estudos muito diferentes; o estudo que disponibilizava um programa de aconselhamento para sexo mais seguro, o resultado foi de 86% comparado com menos de 60% no outro estudo.

A taxa de 70% de eficácia foi igual à concluída no único estudo sobre a eficácia do preservativo nas relações anais, conduzido em 1989.

O estudo do CDC concluiu ainda que usar “às vezes” preservativo não era mais eficaz que não usar “nunca”. Tal pode parecer improvável, mas o investigador Dawn Smith comentou que cada vez que um preservativo não é usado, reduz-se a eficácia global do seu uso. Isto significa que mesmo quando as pessoas usam ocasionalmente preservativo, se tiverem também muitas situações de sexo desprotegido, tal pode corresponder a nenhuma proteção. O CDC vai agora analisar qual o nível de uso do preservativo para que este se mantenha protetor.

Concluiu ainda que é difícil manter um uso total do preservativo a longo prazo: enquanto dois terços dos homens que participaram no estudo (incluindo os que não tiveram parceiros com um diagnóstico positivo para a infeção pelo VIH) mantiveram o uso do preservativo pelo menos durante um período de seis meses, apenas um em seis conseguiu mantê-lo durante os três a quatro anos dos estudos analisados.

Comentário: Embora os resultados deste estudo possam ter surpreendido aqueles que presumem que o preservativo é mais eficaz, na verdade não nos diz muito mais do que já sabemos. Demonstra que o “sexo mais seguro”, tal como formulado tradicionalmente, é difícil de manter a longo prazo e vem provar que métodos de prevenção alternativos que complementem o uso do preservativo são urgentes para os homens que têm sexo com homens.

Porque é que a PrEP e os microbicidas não funcionam nas mulheres africanas?

O fracasso de um dos maiores estudos alguma vez conduzidos sobre métodos de prevenção baseados em medicamentos antirretrovirais coloca questões sobre como tornar os microbicidas vaginais e a profilaxia pré-exposição oral (PrEP) em métodos que as pessoas, em especial as mulheres jovens, possam na realidade usar.

O ensaio VOICE randomizou mais de 5 000 mulheres na África do Sul, Zimbabué e Uganda quer para tomarem um comprimido diário de tenofovir ou um comprimido de tenofovir/FTC (Truvada®) como PrEP ou para usarem um gel com tenofovir como microbicida antes do ato sexual. Comparou a taxa de infeção nestas mulheres e as taxas de infeção nas mulheres que usaram um placebo (em comprimido ou gel).

Contudo, os delegados no CROI 2013 ouviram que os três métodos provaram não serem mais eficazes que o placebo, uma vez que a taxa global de infeção foi estatisticamente a mesma em todas as variantes do ensaio.

O resultado mais surpreendente foi o facto de, embora as mulheres que participaram no estudo afirmassem ter usado o comprimido ou o gel em 90% das ocasiões, as análises aos níveis dos fármacos nos fluídos sanguíneos e vaginais revelaram que pouco mais de um quarto tinha tomado o comprimido nas últimas 48 horas e menos de um quarto tinha usado o gel. Menos de metade das mulheres mostrou sinais de ter usado a medicação em estudo em algum momento do ensaio. Apesar disso, nove em cada dez mulheres continuaram no estudo e frequentaram as consultas.

As mulheres casadas tinham 2,6 vezes mais probabilidade de usar a medicação e tinham muito menos hipóteses de ficarem infetadas pelo VIH – menos de 1% por ano comparadas com 7% das mulheres solteiras. As mulheres mais velhas (com mais de 25 anos) tinham também metade da probabilidade de ficarem infetadas em comparação com as mulheres mais jovens.

Estes resultados reproduzem os de um estudo sobre PrEP mas contrastam com os resultados de outro: no estudo FEM-PrEP que envolveu sobretudo mulheres solteiras jovens, a profilaxia pré-exposição foi ineficaz, enquanto que o estudo Partners PrEP (com casais) obteve uma eficácia de 67% entre as mulheres – e as análises mostraram uma taxa de adesão próxima dos 100%.

Comentário: as elevadas taxas de retenção encontradas indicam que os benefícios de se realizar um ensaio em locais com poucos recursos são elevados – talvez tão elevados que tornam difícil para os participantes admitir a não-adesão. Uma relação de apoio ajuda claramente na adesão, mas são aqueles que não a têm que possuem taxas mais elevadas de incidência da infeção pelo VIH e que precisam de opções como a PrEP com maior urgência. Os investigadores conduziram a investigação “para determinar que populações poderiam beneficiar” da profilaxia pré-exposição, contudo, talvez seja melhor concentrar esforços para perceber que tipo de PrEP pode resultar com as populações mais vulneráveis. A próxima investigação qualitativa do estudo VOICE poderá revelar as razões para a não-adesão das mulheres.

Os jovens gay norte-americanos também acham difícil a toma da PrEP

Um curto estudo piloto de seis meses sobre a praticabilidade e a aceitabilidade da PrEP nos jovens gay nos E.U.A. com idades compreendidas entre 18 e 22 anos concluiu que, embora os participantes reportassem níveis de adesão de 80%, a adesão real (nas 48 horas anteriores, tal como medido pela concentração do fármaco) fez com que a taxa descesse de 65% para 20% ao longo do estudo.

A mobilidade dos jovens pareceu ser a principal razão para a baixa adesão à PrEP, dado que o motivo para a não toma dos comprimidos foi reportado por 60% dos participantes.

Devido à escassez de técnicos, apenas 17% das pessoas inicialmente avaliadas como elegíveis estiveram presentes na consulta de triagem. Tal levou a longos períodos de espera e à consequente perda dos participantes na fase de acompanhamento quando os técnicos tentaram entrar em contacto.

No entanto, uma vez inscritos no estudo, a retenção dos jovens foi elevada: 98,5% frequentaram as consultas com regularidade.

Entre aqueles que deram opinião, os que afirmaram não gostar da ideia de ter de tomar um comprimido diariamente representaram o dobro dos que afirmaram gostar. Em contraste, a grande maioria dos participantes gostou de participar no estudo e de monitorizar regularmente a saúde e comportamentos nas consultas. Valorizaram ainda o facto de receberem aconselhamento sobre sexo mais seguro.

Comentário: É incrível comoos resultados são semelhantes neste curto estudo em jovens gay ao estudo VOICE acima descrito. Os jovens gay neste estudo valorizaram claramente os benefícios sociais, mas precisavam de mais apoio para o uso eficaz da PrEP. Os contactos de telefone dos participantes foram-se alterando ao longo do estudo e estar longe de casa foi a razão principal citada pelos mesmos quer para a não adesão como para o fraco recrutamento; este estudo indica que a atenção dada a formulações de fármacos e meios de armazenar medicamentos que não ameacem revelar a necessidade do seu uso pode ajudar. Talvez valha também a pena comentar que o que torna difícil a toma da PrEP nos jovens também se aplique às pessoas sob tratamento antirretroviral.

A maioria das pessoas que vive com VIH em França e no Reino Unido tem carga viral “indetetável” – e algumas nos E.U.A.

Um estudo francês concluiu que 52% de todas as pessoas que vivem com VIH no país, incluindo aquelas por diagnosticar, estão sob tratamento antirretroviral (TAR) e têm carga viral abaixo de 50 cópias/ml.

A proporção de pessoas que vive com VIH com carga viral indetetável e que está, desta forma, com menor probabilidade de ser infeciosa, é crucial no sucesso dos programas que têm por objetivo diminuir as infeções tratando mais pessoas.

No ano passado, investigadores do UK Health Protection Agency (HPA) demonstraram que 53% dos homens gay que vivem com VIH no Reino Unido estavam sob tratamento antirretroviral (TAR) e tinham carga viral indetetável, em comparação com 56% dos homens gay franceses. Dados preliminares do Reino Unido mostraram que a proporção de pessoas com carga viral indetetável em outros grupos era semelhante. 

Há uma pequena diferença entre a França e o Reino Unido: mais homens gay sob TAR no Reino Unido têm carga viral indetetável; por outro lado, no Reino Unido estima-se que 26% dos homens gay seropositivos para a infeção pelo VIH permaneçam por diagnosticar, em comparação com 17% em França.

Outras investigações indicam que estimativas anteriores sobre a proporção de pessoas norte-americanas que vivem com VIH sob TAR com carga viral indetetável pode ser baixa e, em algumas áreas, semelhantes aos números europeus.

As estimativas do CDC norte-americano apresentadas o ano passado mostraram que apenas um quarto das pessoas que vive com VIH nos E.U.A. poderá ter carga viral abaixo de 50 cópias/ml. Segundo a investigação os E.U.A. têm a mesma taxa de diagnósticos e de supressão viral que a Europa, mas poucas pessoas permanecem nos cuidados de saúde após o diagnóstico. 

Novos dados de Nova Iorque e da seguradora de saúde Kaiser Permanente sugerem que há, atualmente, mais pessoas sob TAR do que as referenciadas nos cuidados de saúde.

Um estudo de Seattle concluiu que uma em cinco pessoas referenciadas como não estando a receber cuidados médicos estava, de facto, a receber: metade tinha saído da área de residência e a outra foi a consultas mas não tinha feito o teste de carga viral ou a contagem de células CD4, ambos utilizados como indicadores de saúde. Tendo isto em conta, as taxas de supressão viral em Seattle foram semelhantes às observadas nos estudos europeus.

Comentário: Enquanto os benefícios da TAR são vistos como cruciais na redução da epidemia do VIH em mutos países, estes estudos demonstram que medir o efeito epidemiológico da TAR é complexo, especialmente em países que não têm sistemas de monitorização e vigilância centralizados. Sublinham ainda que as desigualdades na saúde podem representar uma diferença significativa para que a TAR funcione como prevenção.

Cientistas estudam a possibilidade de um fármaco antirretroviral administrado quatro vezes por ano

Um inibidor da integrase injetável, de efeito prolongado, quando administrado em macacos-rhesus expostos por via rectal ao vírus semelhante ao VIH, protegeu-os contra a infeção viral. O medicamento, GSK744, tinha já sido administrado em doses individuais a pessoas voluntárias seronegativas para a infeção pelo VIH, e tem uma semivida de 21 a 50 dias. Tal significa que se for seguro e eficaz em humanos, poderá ser administrado quatro vezes por ano, apesar de uma variação individual observada no estudo ter-se traduzido na aplicação mais segura de uma dosagem mensal ou bimensal.

Nenhum dos macacos que recebeu o fármaco GSK744 foi infetado ou demonstrou qualquer sinal do vírus no sangue. O medicamento é semelhante ao dolutegravir, a aguardar aprovação como medicamento antirretroviral na Europa e nos Estados Unidos da América.

Os níveis do medicamento GSK744 observados nos tecidos rectais dos macacos foram equivalentes aos níveis esperados na proteção dos humanos.

Num outro estudo, os macacos que receberam um anel vaginal composto por tenofovir protegeu-os da infeção. Enquanto a investigação em humanos de anéis vaginais está bastante avançada, esta é a primeira vez que uma experiência demonstrou poder ser eficaz contra a exposição vaginal constante.

Comentário: Dado que a adesão está a tornar-se uma barreira para a eficácia da profilaxia pré-exposição – observada nos relatórios dos ensaios clínicos da PrEP acima descritos - os medicamentos antirretrovirais administrados por via injetada trimestralmente em clínicas de saúde sexual podem, a longo prazo, ser um método mais eficaz de disponibilizar proteção biomédica contra a infeção pelo VIH. Os investigadores estão a estudar os macacos que não foram infetados para perceber se há sinais do vírus no organismo e para determinar a dose mínima eficaz.

Muitas pessoas no Reino Unido não divulgam o estatuto serológico seropositivo para o VIH nas consultas de rotina em clínicas de saúde sexual

Muitas pessoas que vivem com VIH não divulgam o estatuto serológico quando vão a clínicas de saúde sexual, de acordo com os resultados de um estudo conduzido numa grande clínica londrina de infeções sexualmente transmissíveis (GUM).

Os investigadores da clínica John Hunter, em Londres, identificaram 18 amostras de sangue com o vírus obtidas em pessoas que tiveram uma consulta de IST, que não se sabia estarem infetadas pelo VIH, que não foram testadas para tal e que abandonaram o local aparentemente com a infeção por diagnosticar.

Monitorizar a carga viral e fazer o teste para detetar a presença de medicamentos antirretrovirais permitiu aos investigadores observar se os doentes tinham, na realidade, conhecimento da infeção. Treze das amostras tinham carga viral indetetável ou muito baixa e todas as oito amostras testadas para a presença de medicamentos antirretrovirais (ARV) tiveram resultado positivo para a presença de medicamentos. Um estudo anterior, apresentado na conferência de 2011 do British HIV Association chegou a conclusões semelhantes.

Comentário: Setenta por cento das pessoas a quem foi oferecido o teste para o VIH durante as consultas de rotina em clínicas de IST no Reino Unido aceitaram (83% homens gay). Mesmo assim, tem havido uma preocupação evidente há já algum temposobre se a minoria das pessoas que se recusam são aquelas que se encontram em maior risco de contrair a infeção pelo VIH, e não se tem a certeza se estão a evitar fazer o teste por ansiedade ou se estão, de facto, já infetadas pelo VIH e optam por não divulgar. A conclusão de que mais de metade dos casos de pessoas já diagnosticas com infeção pelo VIH poder ser, de certa forma, uma boa notícia, significa que as estimativas atuais sobre a prevalência de infeções por diagnosticar no Reino Unido estão muito elevadas. Contudo, devido à não divulgação do estatuto serológico, as pessoas que vivem com VIH podem não estar a receber os cuidados de saúde apropriados quando frequentam as clínicas de saúde sexual.

Seminários online sobre prevenção da infeção pelo VIH na Europa – tratamento como prevenção

Como parte do trabalho de prevenção da infeção pelo VIH na Europa, a NAM está a colaborar com a AVAC na disponibilização de um conjunto de seminários online (conferências telefónicas com apresentação de diapositivos) para formar e informar ativistas na área da prevenção ou quaisquer pessoas interessada nos mais recentes desenvolvimento tecnológicos nesta área.

O terceiro seminário tem como tema:

Tratamento como prevenção – evidência da Europa e mais

Os seminários têm a duração de 90 minutos e analisam o tratamento como prevenção, a influência das orientações para o tratamento e se a terapêutica antirretroviral está a começar a travar a epidemia do VIH na Europa. Às apresentações, seguir-se-á uma sessão de perguntas e respostas com os nossos especialistas. O seminário será conduzido em Inglês.   

Hora e data: 2pm horário do Reino Unido (GMT), quinta-feira, 28 de março (3pm CET)

Para se inscreverno seminário, obter o contacto telefónico e instruções clique neste link:https://cc.readytalk.com/r/nk4cee12jyad

O seminário conta com a participação da Dra. Valerie Delpech do UK Health Protection Agency e outros oradores convidados.

Os ativistas europeus interessados em aprender mais sobre tratamento da infeção pelo VIH como prevenção estão convidados a juntar-se ao seminário e enviar questões antes da sua realização para o e-mail info@nam.org.uk. Durante o evento, os participantes são encorajados a fazer perguntas via telefone.

Outras notícias recentes

Ciclos menstruais afetam carga viral das mulheres

Um estudo tailandês concluiu que a carga viral nos fluidos vaginais das mulheres seropositivas para a infeção pelo VIH varia quase seis vezes durante o ciclo menstrual, sendo mais elevada na altura do período e mais baixa na ovulação. Os investigadores estimam que tal pode representar uma diferença de 65% no risco de transmissão da infeção mulher-homem.

Tratamento antirretroviral previne hepatite B

A terapêutica antirretroviral que inclua medicamentos ativos simultaneamente contra a hepatite B e a infeção pelo VIH reduz o risco de infeção pelo VHB nas pessoas que vivem com VIH – um efeito que resulta como profilaxia pré-exposição para o VHB, segundo as conclusões de uma grande clínica em Amesterdão. Desde 2002, que os novos casos de hepatite B são seis vezes menos frequentes que a hepatite C, sendo menos comum nas pessoas que estão a tomar tenofovir e/ou 3TC ou FTC.

Tratamento precoce pode levar a que 15% das pessoas possam controlar a infeção pelo VIH sem medicamentos

Um estudo francês concluiu que iniciar o tratamento antirretroviral (TAR) após dez semanas de infeção pelo VIH, e continuar pelo menos durante dois anos, resulta numa proporção relativamente elevada de pessoas com capacidade para controlar a infeção pelo VIH quando interrompem o tratamento. Concluiu que 15,3% mantiveram carga viral indetetável, pelo menos, após dois anos e que a média do tempo sem tratamento sem um aumento significativo da carga viral observado em 14 doentes foi de sete anos, sendo que algumas pessoas ainda estão sem tratamento.

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Inglaterra: melhoria nos serviços de saúde sexual

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A Framework for Sexual Health Improvement, em Inglaterra, estabelece as ambições do governo para a melhoria da saúde sexual e, entre outros assuntos, recomenda o aumento do número de pessoas dos grupos em risco testadas para a infeção pelo VIH. 

Alemanha: O National AIDS Council divulgou uma forte declaração de posição política sobre criminalização da infeção pelo VIH

Fonte: HIV Justice Network

O National AIDS Council alemão – uma entidade independente do Ministério da Saúde que congrega especialistas da área da investigação, cuidados médicos, saúde pública, ética, direito, ciências sociais e pessoas que vivem com VIH – produziu uma declaração de consenso sobre criminalização da infeção pelo VIH durante as relações sexuais consentidas. A declaração afirma que “Atribuir quer ao parceiro o papel de agressor ou vitima não é correto” e que “Os procedimentos criminais em relação à transmissão da infeção pelo VIH através de relações sexuais consentidas não contribui para a prevenção da infeção”.

Mudar de ideias sobre o tratamento como prevenção

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Bob Leahy, editor da revista Canadian HIV, do site Positive Lite, costumava ser um forte oponente do tratamento como prevenção. Mas os tempos mudaram, e há alterações nesta perspetiva.

Veneno de abelha destrói o VIH e poupa as células vizinhas

Fonte: Medical News Today

Nano partículas que contêm veneno toxico de abelha (melitina) pode destruir o VIH e ao mesmo tempo deixar intactas as células vizinhas, segundo concluíram os cientistas da University School of Medicine de Washington. A suspensão de nano partículas do veneno de abelha é um forte candidato a microbicida.