Maio de 2015

Projeto europeu de rastreio hospitalar diagnostica muitas novas infeções pelo VIH

Um projeto à escala europeia que disponibilizou testes para a infeção pelo VIH a doentes hospitalares com qualquer um de uma lista de sintomas associados à infeção diagnosticou 235 infeções em 9 741 doentes – um em cada 41 doentes. No sul da Europa, um em cada 20 doentes testados estava infetado pelo VIH.

Na conferência da British HIV Association (BHIVA) ouviu-se que este valor é muito superior à proporção de pessoas que vivem com VIH na Europa Ocidental (um em 500) e na Europa de Leste (um em 140). A maioria das pessoas (86%) que fez o teste no contexto do projeto nunca tinha feito o teste do VIH anteriormente e metade foi diagnosticada com contagem de células CD4 inferiores a 200 células/mm3.

O estudo, que decorreu entre 2012 e 2014, rastreou pessoas admitidas em hospitais e doentes em ambulatório em 42 hospitais europeus. Pediu a profissionais de saúde que fizessem o rastreio a pessoas que tivessem pelo menos um de uma lista de 14 sintomas indicadores. A maioria destes indicadores estava associada a uma taxa de infeção pelo VIH superior a 1%. Em particular, mais de um em 20 doentes com sintomas que indicavam mononucleose ou febre glandular, uma doença relativamente comum, tinha resultado positivo para a infeção pelo VIH. A mononucleose e também ter-se há muito tempo uma baixa contagem de glóbulos brancos ou plaquetas, estavam associadas de forma independente à infeção pelo VIH independentemente de outras características.

Comentário: Este mesmo estudo tinha concluído previamente que, mesmo entre pessoas que se apresentavam com sintomas fortemente associados à infeção pelo VIH, como o cancro no colo do útero e anal, apenas um reduzido número de pessoas fazia o teste. Um outro estudo, também apresentado na conferência da BHIVA, concluiu que apenas 20 das 60 linhas orientadoras para doenças associadas à infeção pelo VIH, recomendavam o rastreio. Estes resultados fornecem um forte apoio à sugestão de que o rastreio à infeção pelo VIH seja automaticamente incluído quando se pedem testes para outras doenças.

Aprovada venda do primeiro teste doméstico no Reino Unido

O teste doméstico para a infeção pelo VIH está finalmente disponível no Reino Unido, um ano após ter sido levantada a sua proibição legal.

O BioSure HIV Self Test custa £29,65. De momento, o teste só está disponível para residentes no Reino Unido através do site da BioSure ou da Freedoms Shop, que também vende preservativos e lubrificante de baixo custo. O teste é feito com uma gota de sangue extraída de um dedo com uma lanceta que segurança (disponibilizada com o teste).

O teste, que leva 15 minutos a fornecer o resultado, é um teste de anticorpos do VIH e não consegue detetar infeções recentes, pois os anticorpos do VIH podem levar entre 1 a 3 meses até ficarem detetáveis. O teste teve de ir ao encontro de padrões de fiabilidade rigorosos para que fosse aprovado, mas nenhum teste é 100% exato. A investigação dos E.U.A. definiu que este teste tem uma taxa de falsos negativos de 0,3% - não deteta uma em cada 333 infeções pelo VIH – e uma taxa de falsos positivos de 0,1% - deteta uma infeção inexistente num em cada mil testes. Os ensaios independentes também concluíram que 1 em cada 31 testes produziam um resultado inválido, geralmente devido às pessoas terem dificuldade em usá-los corretamente. Isto significa que, por exemplo, se 1 000 homens gay a viver fora de cidades do Reino Unido de elevada prevalência fizessem o teste, existiriam cerca de 917 resultados verdadeiramente negativos, 50 resultados verdadeiramente positivos, 32 resultados inválidos, 1 resultado falso positivo e uma hipótese em seis de falso negativo. Se as 1 000 pessoas a fazer o teste fizerem parte da população geral do Reino Unido, existiriam apenas dois resultados verdadeiramente positivos.

Comentário: Um teste parecido estará disponível a partir de junho em França através de um site diferente. Como comentou Michael Brady, médico do Reino Unido e especialista na área do VIH, aumentar as taxas de rastreio continua a ser a medida mais importante que se pode fazer para reduzir as futuras novas taxas de infeção pelo VIH e é importante que as pessoas tenham acesso ao maior número possível de estratégias de rastreio. Continua a ser necessário confirmar se existirá uma elevada adesão ao autoteste em contexto doméstico, se diagnosticará uma elevada proporção de infeções não diagnosticadas e se as pessoas que fizerem este teste irão procurar prontamente os cuidados de saúde.

Dar prioridade às pessoas em situação de maior vulnerabilidade será essencial para o sucesso da PrEP

Um modelo matemático baseado na epidemia de VIH em Nyanza, uma província do Quénia com elevada prevalência, confirmou que a disponibilização da profilaxia pré-exposição (PrEP) apenas às pessoas em situação de maior vulnerabilidade à infeção pelo VIH é de longe o mais forte indicador para perceber se a PrEP irá poupar recursos financeiros e prevenir um número significativo de infeções ou se será um falhanço dispendioso.

O modelo, construído por investigadores da Imperial College de Londres, estimou um orçamento fixo anual de 20 milhões de dólares americanos. A informação usada no modelo baseou-se nos preços médios dos medicamentos para a região (250 dólares anuais para a PrEP), boa e má adesão (60% ou 20% de doses tomadas) e priorização moderada (50% das pessoas sob PrEP encontram-se em situação de maior vulnerabilidade à infeção pelo VIH). Concluiu que, nestas circunstâncias, o custo de prevenir uma infeção pelo VIH com PrEP, com níveis médios de adesão, é de cerca de 6000$ – provavelmente custo-eficaz quando pesados os custos de uma vida inteira a viver com a infeção pelo VIH.

Os investigadores alteraram posteriormente as informações inseridas para perceber o que aconteceria se a adesão melhorasse ou piorasse, se os preços dos medicamentos aumentassem ou diminuíssem, se o custo da PrEP mudasse e se todas ou nenhuma das pessoas sob PrEP fizessem parte dos grupos em situação de maior vulnerabilidade à infeção. Se todas as pessoas sob PrEP estivessem em situação de maior vulnerabilidade à infeção pelo VIH, o custo de prevenir uma infeção diminuiria para 2060$ e o número anual de infeções prevenidas triplicaria; inversamente, se só a população geral, em situação de menor vulnerabilidade, estivesse sob PrEP, cada infeção prevenida custaria mais de 36 000$ e apenas “um punhado” de infeções seriam realmente prevenidas. 

Comentário: Embora este cálculo não esteja no modelo, sob as mesmas circunstâncias, só o custo dos medicamentos antirretrovirais de uma pessoa ao longo de 25 anos seriam de 6300$, embora o custo dos medicamentos quer da PrEP, quer do tratamento irão descer no futuro. A PrEP iria então poupar dinheiro de acordo com o cenário relativamente realista disponibilizado pelo modelo. Os investigadores recomendam priorizar a PrEP usando uma pontuação de risco, como no recente Partners PrEP Demonstration Project. Também elogiaram a eficácia de projetos de base comunitária como o Avahan na Índia, pela segmentação de possíveis candidatos à PrEP – embora, como veremos na próxima notícia, estes podem não ser tão bem sucedidos se o seu ethos original se perder.

Segundo os relatórios, o envolvimento comunitário é essencial para sucesso de projetos na área do VIH

A mudança do setor voluntário para o financiamento governamental de um programa de prevenção do VIH de grandes dimensões para mulheres trabalhadoras do sexo no estado de Andhra Pradesh, na Índia, conduziu a uma diminuição do foco em preservativos e visitas a clínicas e a um menor envolvimento de trabalhadoras do sexo e organizações que as representam, concluiu um relatório. Um outro relatório de Mumbai explora as barreiras que conduziram à eficácia parcial de um braço do projeto ali desenvolvido.

O Avahan, e o seu predecessor de menores dimensões Frontiers Project, recolheram elogios por no passado ter obtido elevados níveis de envolvimento, mudanças comportamentais e rastreio entre homens que têm sexo com homens e mulheres trabalhadoras do sexo. Mas quando o financiamento passou da Gates Foundation para o governo indiano, tal como planeado, um relatório recente concluiu que os trabalhadores do sexo se tornaram menos envolvidos no trabalho de apoio de pares, menos propensos a recorrer a organizações comunitárias para denunciar situações de violência e abusos e tinham uma menor probabilidade de gerar contributos para o projeto que resultassem em iniciativas positivas.

Um outro relatório sobre o Avahan em Mumbai também concluiu que um foco muito centrado em preservativos e rastreio e menor nos obstáculos que os trabalhadores do sexo enfrentam nas suas vidas conduz a um menor envolvimento. Além disso, concluiu que centrar o projeto de prevenção em organizações comunitárias já existentes e de confiança era muito mais eficaz que criar novas. Identificava desafios específicos no envolvimento de trabalhadores do sexo em contexto urbano, sobretudo no envolvimento de mulheres que não se identificavam como trabalhadoras do sexo.

Comentário: O relatório da Aidsmap acrescenta muitos detalhes a estas avaliações qualitativas. O que estes confirmam é que gerir programas de prevenção do VIH de base comunitária requerem muito trabalho contínuo e um envolvimento consciente da comunidade – estes não podem ser criados e deixados em autogestão – e que os participantes têm de os ver como algo que melhora a qualidade das suas vidas. Este é um desafio real para algo tão grande e complexo como o Avahan e os relatórios devem ser estudados por organizações que queiram criar iniciativas semelhantes no futuro.

Injetores caucasianos em Nova Iorque têm menor incidência da infeção pelo VIH que população geral

Um inquérito sobre a infeção pelo VIH em pessoas que injetam drogas na cidade de Nova Iorque demonstrou que a proporção de pessoas caucasianas que consomem drogas por via injetada e que são seropositivas para o VIH é agora de 1% - inferior à prevalência de 2% na população geral e adulta da cidade.

De acordo com os investigadores, a baixa prevalência deve-se à introdução da troca de seringas, que remonta a 1995: um estudo anterior concluiu uma constante diminuição da prevalência do VIH em pessoas que injetavam drogas entre 1995 e 2008, enquanto este estudo mais recente encontrou uma diminuição contínua de 30% na prevalência por ano até 2014. Contudo, o mesmo estudo também demonstra que a prevalência do VIH em pessoas negras que injetam drogas permanece elevada, 17%, apesar de uma taxa um pouco menor de comportamentos de risco, como a injeção diária. A prevalência é também de 4% nas pessoas latinas que injetam drogas. Várias evidências, desde as taxas de infeção por hepatites virais à data em que as pessoas começaram a injetar, sugerem que a maioria das pessoas que injetam drogas a viver em Nova Iorque contraiu a infeção pelo VIH antes de começarem a consumir por via injetada.

Comentário: Esta mais recente parcela de um estudo que decorre há muito sugere, como afirmam os autores, que “a infeção pelo VIH entre pessoas caucasianas [que injetam drogas] quase que foi eliminada” devido à troca de seringas. No entanto, para eliminar a infeção entre as pessoas negras e latinas que injetam drogas são necessários programas que disponibilizem o rastreio e tratamento do VIH, profilaxia pré-exposição e outras medidas de prevenção para as pessoas jovens das comunidades onde o consumo de drogas por via injetada é comum, mas antes de estes iniciarem este tipo de consumo. Também sugere que o grupo no qual alguém se insere no momento do diagnóstico da infeção pelo VIH pode não indicar necessariamente como contraíram a infeção.

PrEP com Truvada® causa leve perda mineral óssea

Um subestudo do estudo iPrEx sobre profilaxia pré-exposição (PrEP) com Truvada (tenofovir/emtricitabina) concluiu um pequeno mas significativo declínio na densidade mineral óssea em pessoas sob PrEP do que nas pessoas sob placebo. A diminuição ocorreu quer na coluna, quer nos ossos da bacia.

Porém, a diminuição só ocorreu durante os primeiros seis meses sob Truvada, não piorando após esse período, e a densidade mineral óssea recuperou após a interrupção da toma. Elevados níveis de tenofovir nas células estavam correlacionados com maiores declínios da densidade mineral óssea. As pequenas diminuições da densidade mineral óssea não aparentaram ter qualquer impacto clínico: em todos os participantes do iPrEx, a taxa de fraturas ósseas era de 1,7% em pessoas sob Truvada versos 1,4% em pessoas sob placebo, uma diferença não significativa em termos estatísticos.

De qualquer modo, os investigadores recomendam que as pessoas que iniciem PrEP recebam informações sobre formas de melhorar a densidade mineral óssea, tal como exercícios de pesos e a toma de cálcio e vitamina D, e que evitem o álcool e tabaco, que a podem reduzir.

Comentário: Este é um estudo tranquilizador e caminha lado a lado com um estudo anterior do iPrEx e outro do antigo Bangkok Tenofovir Study, que demonstram que o mau funcionamento dos rins é também relativamente ligeiro e que regressa aos níveis normais após a interrupção da PrEP. Para as pessoas que estejam a iniciar a PrEP, embora seja provável que os efeitos secundários a longo prazo continuem a ser uma das coisas a ter em consideração, os efeitos secundários de curto prazo que se sentem aquando do início da toma, como náusea e dores de cabeça, podem ter um maior impacto na adesão.

Outras notícias recentes

Homens em tratamento antirretroviral têm cargas virais indetetáveis no reto

Um pequeno estudo que avalia a infecciosidade dos homens gay seropositivos para a infeção pelo VIH sob tratamento antirretroviral concluiu que todos os participantes do estudo tinham carga viral indetetável no reto. Os homens com gonorreia ou clamídia retais também não tinham o vírus detetável, o que sugere que as preocupações com a possibilidade de as infeções sexualmente transmissíveis aumentarem o risco de transmissão do VIH podem ser infundadas quando estes estão sob tratamento antirretroviral eficaz.

Problemas de saúde interligados aumentam risco de infeção pelo VIH em homens gay

Problemas de saúde interligados, como o policonsumo de drogas e depressão, estão associados a uma carga viral mais elevada e a uma adesão mais fraca em homens seropositivos para o VIH que têm sexo com homens sob tratamento antirretroviral, de acordo com o que investigadores dos Estados Unidos da América relataram à edição online da AIDS.

Muitas pessoas que vivem com VIH estão dispostas a participar na investigação para a cura

As pessoas que vivem com VIH têm um grande interesse nos estudos que procuram uma cura para a infeção, estando muitos dos potenciais participantes dispostos a considerar a interrupção do tratamento antirretroviral. Os participantes num inquérito apresentado na conferência da British HIV Association, em Brighton, compreenderam na generalidade que seria improvável que viessem a beneficiar pessoalmente da investigação para a cura. As prioridades para a cura eram a eliminação de problemas de saúde e o risco de transmissão do VIH e não ter resultados negativos nos testes de rastreio para esta infeção.

Expansão da vacinação e tratamento pode ajudar a eliminar a hepatite B em todo o mundo

Embora a vacinação infantil universal para o vírus da hepatite B (VHB) já tenha conduzido a grandes avanços na redução de novas infeções em alguns locais, continua a ser necessário um maior aumento da prevenção e tratamento para reduzir significativamente a transmissão de VHB e mortalidade associada a doença hepática, de acordo com uma análise apresentada na conferência da European Association for the Study of the Liver (EASL) em Viena, Áustria.

Escolhas do editor de outras fontes

ECDC recomenda PrEP na Europa

Fonte: European Centre for Disease Control (ECDC)

O ECDC declara:

“A evidência sugere que o uso da profilaxia pré-exposição (PrEP) para homens que têm sexo com homens (HSH) é uma medida eficaz de prevenção do VIH na Europa. Tendo por base a nova evidência, os Estados Membros da UE devem considerar a integração da PrEP nos seus pacotes de prevenção do VIH para as populações em situação de maior vulnerabilidade à infeção, começando pelos HSH. Um passo chave em direção à disponibilização da PrEP seria a revisão da atual autorização regulatória do medicamento (emtricitabina mais tenofovir disoproxil fumerato, Truvada®) para permitir o seu uso como tratamento de prevenção na UE/EEE, tal como defendido pelas organizações europeias da sociedade civil.

Combater o VIH onde ninguém admite o problema

Fonte: BBC News

Há anos que a Rússia se mantem em silêncio sobre o desafio que enfrenta em relação à infeção pelo VIH e SIDA. Agora esse silêncio foi quebrado por um epidemiologista que tem trabalhar no terreno há mais de duas décadas – e afirma que a situação é uma “catástrofe nacional”.

Escócia deve disponibilizar PrEP e não esperar por uma vacina para o VIH

Fonte: KaledoScot

As organizações da Escócia e do Reino Unido pediram ao governo que torne o acesso à profilaxia pré-exposição (PrEP) numa medida eficaz de prevenção da infeção pelo VIH. George Valiotis, CEO da HIV Scotland, afirma: “Precisamos de ver liderança do governo escocês para que torne o acesso à PrEP numa realidade. Os passos necessários para o conseguir devem ser clarificados e devem ser tomadas as medidas necessárias para acelerar este processo”.

Prescrição da PrEP em ascensão dramática no estado de Nova Iorque

Fonte: POZ

Em menos de um ano, o número de residentes sob Truvada (tenofovir/emtricitabina) como profilaxia pré-exposição do estado de Nova Iorque através do Medicais quase que triplicou. De acordo com Dan O’Connell, diretor do AIDS Institute no New York State Department of Health, de julho de 2013 a junho de 2014, 305 homens nova-iorquinos seronegativos para o VIH estavam a tomar Truvada® para prevenir a infeção. No final de fevereiro de 2015, esse valor tinha aumentado 272 por cento para 832 pessoas.

Philip Christopher Baldwin fala sobre viver com hepatite C na comunidade gay

Fonte: QX Magazine

Não tive a coragem de dizer às pessoas que tinham hepatite C, preocupado com os boatos que pudessem surgir sobre mim. Não existiam exemplos de pessoas coinfetadas com VIH e hepatite C nos media, o que tornava mais difícil ser honesto. Lutei tanto para ser um homem gay assumido e agora estava a esconder algo inextricavelmente associado à minha sexualidade, à minha identidade e ao centro daquilo que sou.

Primeiras cidades francesas candidatam-se a salas de consumo sob a nova lei

Fonte: Talking Drugs

As cidades de Estrasburgo, Bordéus e Paris entregaram candidaturas para a implementação de salas de consumo assistido, tornando-se nas primeiras cidades a fazê-lo de acordo com a lei inovadora introduzida no mês passado.

As táticas de choque estão fora da mesa para campanhas de saúde pública sobre VIH?

Fonte: Science Daily

Nos últimos dez anos, as campanhas de saúde pública da cidade de Nova Iorque sobre tabagismo, obesidade e VIH sofreram uma mudança dramática no sentido do recurso ao medo e nojo para causar alterações comportamentais, por vezes com a consequência não desejada de estigmatizar as populações afetadas. Num novo artigo, académicos exploram as implicações desta mudança para companhas baseadas no medo no atual ambiente de saúde pública.